A ALROSA convidou parceiros africanos a juntarem-se aos esforços para desenvolver tecnologia para reduzir as emissões de CO2

   São Petersburgo, 28 de julho de 2023 — a ALROSA, líder mundial na extração de diamantes, convidou representantes de empresas de extração de diamantes de países africanos para se juntarem ao grupo de peritos de um projeto para estudar a capacidade da rocha diamantífera — kimberlito — de absorver dióxido de carbono.


   De acordo com o CEO da ALROSA, Pavel Marinychev, o estudo e a aplicação prática das propriedades únicas do kimberlito ajudarão as empresas de extração de diamantes a minimizar a sua pegada de carbono e a dar um contributo importante para melhorar o equilíbrio climático. Foi o que afirmou na sexta-feira, 28 de julho, na Cimeira Rússia–África e no Fórum Económico e Humanitário.


   No seu discurso na sessão do Ministério dos Recursos Naturais da Rússia “Exploração Geológica e Mineração: Tecnologias Russas para África”, o chefe da ALROSA falou sobre as actividades da empresa no campo da segurança ambiental e medidas destinadas a reduzir a sua pegada de carbono. Estas incluem o aumento da percentagem de fontes de energia renováveis no balanço do consumo de energia, a melhoria da eficiência energética, a implementação de projectos de investigação e a introdução das melhores tecnologias disponíveis.


   Uma das áreas promissoras da agenda ambiental, disse ele, é o estudo da capacidade do kimberlito de absorver CO2. Em 2023, a ALROSA concluiu estudos intermédios que confirmaram a elevada capacidade do minério de kimberlito no processo de beneficiação e armazenamento para absorver e reter o dióxido de carbono contido no ar atmosférico e na água.


   “Se escalarmos os resultados da pesquisa para todos os locais da ALROSA onde esta propriedade foi estudada, podemos calcular que o potencial de absorção de CO2 da atmosfera excede a emissão anual de CO2 equivalente de todo o Grupo ALROSA em 1,5 vezes”, disse Pavel Marinychev.


   O próximo passo, de acordo com o diretor da ALROSA, será a investigação e o desenvolvimento de tecnologia que melhore a capacidade de absorção do kimberlito, o que permitirá à empresa alcançar um efeito ainda maior.


   “Embora a extração de diamantes represente apenas uma pequena parte das emissões de CO2 em comparação com outras operações mineiras, o desenvolvimento de tal tecnologia pode ser importante para contrariar as alterações climáticas. Como parte do desenvolvimento da cooperação e da troca de experiências entre a ALROSA e os países africanos, creio que é importante convidar cientistas e especialistas da indústria para participar no grupo de peritos do projeto para estudar a capacidade de absorção do kimberlito. Também teremos todo o prazer em ajudar na realização de estudos semelhantes em depósitos de diamantes em países africanos”, disse o CEO da ALROSA.

«Apreciamos muito os resultados do nosso trabalho conjunto na Cimeira. Tenho a certeza de que os resultados alcançados constituem uma boa base para um maior aprofundamento da parceria russo-africana no interesse da prosperidade e bem-estar dos nossos povos».

Presidente da Federação da Rússia,
Vladimir Putin

A Cimeira Rússia-África, que será realizada em Sochi de 23 a 24 de Outubro de 2019, personifica os laços históricos amigáveis entre o Continente Africano e a Federação da Rússia. Esta Cimeira é de grande importância pois é a primeira deste tipo durante o período de grandes transformações globais e internacionais e, em resposta às aspirações dos povos, visa criar uma estrutura abrangente para o avanço das relações russo-africanas para horizontes mais amplos de cooperação em várias esferas.

Os países africanos e a Rússia têm uma posição comum nas actividades internacionais baseadas nos princípios do respeito pelo Direito Internacional, igualdade, não interferência nos assuntos internos dos Estados, solução pacífica de controvérsias e confirmação da fidelidade a acções multilaterais, de acordo com a visão semelhante que os dois lados têm para enfrentar os novos desafios globais. O terrorismo e extremismo em todas as suas formas, a diminuição das taxas de crescimento e a firme convicção de ambos os lados da importância de fomentar trocas comerciais e apoiar o investimento mútuo de forma a garantir a segurança, paz e desenvolvimento para os povos do Continente Africano e da Rússia.

Os países africanos têm um enorme potencial e oportunidades que, com a optimização, lhes permitirão tornar-se numa das potências económicas emergentes. Nos últimos anos, os países do Continente fizeram grandes progressos em todas as questões políticas, económicas, sociais e administrativas. Na última década, África conseguiu avanços no que diz respeito ao crescimento, que chegou a 3,55% em 2018.

Dando continuidade aos esforços dos países africanos que eles empreenderam na Cimeira da União Africana no Níger, em Julho de 2019, entrou em vigor o Acordo de Livre Comércio Continental Africano, incluindo o lançamento de respectivas ferramentas. Este Acordo é um dos principais objectivos da Estratégia de Desenvolvimento da África 2063, chamada a contribuir para a realização das esperanças do povo africano de prosperidade e uma vida digna.

Estes êxitos abrem amplas perspectivas de cooperação entre os países africanos e a Federação Russa e confirmam a determinação dos governos dos países africanos e de seus povos de cooperar com diversos parceiros, a fim de estabelecer relações mutuamente vantajosas.

Neste contexto, esperamos que a Cimeira Rússia-África contribua para o estabelecimento de relações estratégicas construtivas baseadas na cooperação entre os dois lados em várias esferas, o que ajudará a realizar as esperanças e aspirações dos povos africanos e do povo amigo russo.

Presidente da República Árabe do Egipto
Abdel Fattah Al Sisi